O Carnaval 2012 de Jaboatão recebeu
apenas 37,5 % a mais que o PE FOLIA, que foi um evento privado, realizado em
outubro do ano passado. Isso revela que o prefeito tem dado mais importância a
uma festa pré-fabricada pela indústria da cultura que à maior manifestação
popular do país. Segundo dados da própria prefeitura, foram gastos mais de 1,5
milhões em apenas dois dias do PE FOLIA, enquanto que para o Carnaval se
investiu 2,4 milhões. Apenas Jaboatão investe, proporcionalmente, mais em um
carnaval fora de época, que com o verdadeiro carnaval.
A nosso ver, eventos midiáticos como o
“PE-FOLIA” não constituem a identidade cultural que desejamos para Jaboatão -
por estar fundado na lógica mercadológica da cultura que objetiva, apenas,
vender a cultura e o lazer como mercadorias para a população. Nós do PSOL,
defendemos a cultura e o lazer como sendo um direto humano, por isso mesmo, um
direito de todos. A cultura deve estar enraizada em elementos históricos que
materializem significados sociais profundos. O “PE-FOLIA” é vazio desses
significados e representa unicamente a política do “pão e circo” (ultimamente
mais circo que pão).
Onde estão em Jaboatão as escolas de
frevo, maracatu, as bibliotecas, teatros, cinemas, Pontos de Cultura, etc..?
Infelizmente, quem não incentiva a produção de uma cultura local, está
condenado a viver, apenas, consumindo a cultural de fora! É preciso fortalecer
a cultura popular local. E isso se fará quando garantirmos que aqueles que
fazem a cultura em nossa cidade possam, também, dela sobreviver. Há meses,
atores locais consagrados aguardam receber os cachês de apresentações
promovidos pela secretaria de cultura.
Esse parece ser o preço que temos que pagar por termos importado um prefeito que, além de ter trazido consigo uma legião de cargos comissionados do Cabo de Santo Agostinho, desprestigia o que é nosso para valorizar o que é de fora.
Esse parece ser o preço que temos que pagar por termos importado um prefeito que, além de ter trazido consigo uma legião de cargos comissionados do Cabo de Santo Agostinho, desprestigia o que é nosso para valorizar o que é de fora.
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Um 2012 repleto de realizações