quarta-feira, 14 de março de 2012

“A agricultura itinerante continua se desenvolvendo segundo métodos primitivos dos primeiros anos do descobrimento.” Adelson Veras


A questão do novo código florestal no Brasil, ainda vai render muitas polêmicas. Há um clamor nacional contra o descaso em que se encontra o problema florestal no Brasil, gerando calamidades cada vez mais graves e mais nocivas à economia do país.
A agricultura itinerante continua se desenvolvendo segundo métodos primitivos dos primeiros anos do descobrimento. Chega o agricultor, derruba e queima as matas, sem indagar se elas são necessárias à conservação da feracidade do solo ou do regime das águas. Depois de alguns anos de exploração, renovando anualmente a queimada, como meio de extinguir a vegetação invasora, o terreno esgotado é entregue ao abandono e o agricultor, seguindo as pegadas do madeireiro que adiante derruba as árvores para extrair as toras, inicia novo ciclo devastador idêntico ao precedente. Como efeito disto, a agricultura cada vez se interioriza mais e cada vez se distancia mais dos centros consumidores, requerendo transportes sempre mais caros.
As margens dos rios são devastadas e os desbarrancamentos sucedem-se, oferecendo perigos sempre maiores à navegação. Hoje, todos os rios do Brasil, inclusive o Amazonas, estão necessitando de dispendiosas dragagens. Muitos rios estão secando e tornando-se já inservíveis ao tráfico fluvial, suas barras enchem-se de bancos de areia e lama deixando os portos imprestáveis. Inundações cada vez mais destruidoras, pela remoção desordenada de florestas, colocam em sobressalto as populações de centenas de cidades ribeirinhas. Com isto, os desmatamentos nos mananciais vão transformando os campos em solos pobres e com produtividade cada vez menor. Nossos representantes no congresso, não ouviram especialistas nem deram oportunidade da população se manifestar na aprovação do novo CÓDIGO FLORESTAL.
Um abraço.
Adelson Veras – PGTdoB
Presidente estadual - PE.

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Um 2012 repleto de realizações