A segunda audiência pública conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) para discutir o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 72/2010, - que uniformiza a alíquota do ICMS sobre bens e mercadorias importados -, contou com a presença de representantes do setor produtivo, dos trabalhadores e do governo que pediram urgência na aprovação do projeto como meio de inibir o processo de desindustrialização do Brasil .
Para o senador
Armando Monteiro, as informações passadas pelos expositores confirmam que a
manutenção desses incentivos fere os interesses nacionais. “As informações aqui
expostas confirmam de forma inequívoca, do ponto de vista da lógica econômica,
do interesse nacional, que a manutenção desses incentivos lesa os interesses do
país. Não apenas por que desequilibra a concorrência empresarial, desestimula a
formação do investimento de capital fixo no nosso país, mas por penalizar
especialmente os trabalhadores, porque essa ação inibe a geração de empregos”,
comentou o senador. Por outro lado, avaliou Armando Monteiro, esses incentivos
tencionam as relações federativas, porque “o que vem acontecendo é dar
incentivos com o chapéu alheio”.
Segundo o
parlamentar o momento é de refletir sobre qual o papel que o Congresso Nacional
deve desempenhar nesse momento? ”O Congresso Nacional tem a oportunidade de
decidir sobre uma questão relevante. Nós não podemos deixar de dar os primeiros
passos imaginando que vamos resolver todos os conflitos federativos do país e,
que em um só golpe, vamos promover também uma ampla melhoria do ambiente
tributário do Brasil”, afirmou Armando Monteiro.
Para Armando Monteiro cabe ao Congresso Nacional promover reformas que
atenuem os graves problemas socioeconômicos do país. “Temos a oportunidade
concreta de poder atenuar um quadro grave que se abate sobre a indústria
brasileira, causando extraordinários prejuízos socioeconômicos. Não podemos
remeter essa discussão a uma solução aos problemas estruturais que o país vem
acumulando ao longo dos anos. Nem tampouco a aprovação dessa resolução não pode
diminuir o ímpeto reformista dessa Casa. O que precisamos é avançar, mesmo que
de forma incremental, na direção da redução do Custo Brasil, sem perder a
perspectiva da realização das grandes reformas que o país carece. O que não tem
sentido é uma posição de imobilismo por nossa parte”, analisou o senador,
favorável também a uma compensação aos estados, caso efetivamente, sejam
afetados com a uniformização da alíquota do ICMS.
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Um 2012 repleto de realizações