Num município onde em alguns locais não se tem nem as condições
básicas de educação, saúde, saneamento e infraestrutura, por que
investir numa coisa tão “supérflua” como cinema por exemplo?
O grande é o geração de empreghos diretos e indiretos que serão
gerados no município além da visibilidade que a cidade terá em nível
nacional e até internacional. Pode funcionar como cartão de visitas
dizer que o filme “x” foi feito no Parque Histórico dos Guararapes.
A criação de uma espécie de catálogo eletrônico e impresso servem
para mostrar a diversidade cultural e turística do município sendo
utilizado como convite para produtores e cineastas que podem fazer
dessas riquezas pano de fundo para as suas realizações.
Um dos grandes objetivos seria a atração de produtores de cinema, TV e
outros meios, bem como o oferecimento de suporte necessário para
profissionais e empresas, do Brasil e do exterior que desejem criar
filmes, vídeos e demais produtos audiovisuais em terras jaboatonenses.
Para se ter idéia, Paulínia, uma pequena cidade do interior de São
Paulo já se consolida como principal polo cinematográfico do Brasil.
Atualmente, Paulínia recebe uma média de cinco ou seis filmes por
ano, mas a modesta cifra é suficiente para manter a cidade como atual
marco do cinema nacional
e, se continuar no ritmo, poderá se tornar a principal produtora
cinematográfica do País. Desde 2009, quando Polo e o Festival de Cinema
de Paulínia foram criados, foram filmados na cidade títulos como “O
Palhaço”, de Selton Mello, “Bruna Surfistinha”, de Marcus Baldini, “Onde
Está a Felicidade?”, de Carlos Alberto Riccelli, “Meu País”, de André
Ristum, e “Trabalhar Cansa”, de Juliana Rojas e Marco Dutra.
Outra boa experiência é a a Bahia Film Commission, que é uma comissão
composta por várias secretararias do Estado onde, de 2007 a 2011, a
Bahia Film Commission atraiu mais de 150 produções, entre filmes, séries
e outros conteúdos que difundem a Bahia mundo afora e que geraram um
investimento de cerca de R$ 25 milhões na economia do estado.
A criação de editais para incentivo de produções cinematográficas ou o
incentivo através da criação de incubadoras fazendo de pequenos
produtores de curtas empreendedores pode sim criar uma marca para
qualquer gestão. Qual o gestor que não quer deixar como legado o de ter
criado um dos maiores polos cinematográficos do Brasil. Algo a ser
pensado… e não só pensado mas também executado.. ousadia também deve ser
uma das qualidades de quem está gerenciando os espaços públicos.
Djalma Junior é Gestor Ambiental e Consultor.
Fonte: Blog expresso metropolitano.
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Um 2012 repleto de realizações