quarta-feira, 3 de abril de 2013

"Cargo em comissão, aduz o seguinte"! Adelson Veras


É o que menos segurança dá, em termos de permanência no cargo. É  ocupado transitoriamente por alguém, sem direito de nele permanecer indefinidamente. A  Constituição da República qualifica-o de cargo de livre nomeação e exoneração (art. 37, II). Vale dize: para nomeação, não se exige concurso, embora se possam fazer, por lei, outras exigências, como ocorre com os Ministros d Estado, que devem ter mais de 21 anos de idade e estar no exercício dos direitos públicos ( art. 87 da CF). Assim como a nomeação desses agentes é livre, livre também é a sua exoneração, isto é, nada precisa ser alegado para justificar seus desligamentos (RDA 108:180). a exoneração, nesses casos, diz-se "ad nutum" da autoridade competente. Desse modo qualquer direito é-lhe negado se disser respeito a sua permanência  no cargo.  Os cargos de provimento em comissão, são próprios para direção, comando ou chefia de certos órgãos, onde se necessita de um agente que sobre ser de confiança da autoridade nomeante se disponha a seguir sua orientação, ajudando-a a promover a direção superior da Administração. Mas, a rotatividade nesses cargos, vêm de encontro ao bom funcionamento dos poderes públicos, muitos, são prejudicados pela falta de permanência por parte de ocupantes.  
Nos últimos dias, dois auxiliares do presidente da câmara de vereadores de Jaboatão, foram exonerados com apenas três meses de prestação de serviços. Os motivos, cabe apenas ao presidente da casa, que os nomeou e, que também tem a prerrogativa de exonerar, pois trata-se de cargos de confiança, isso é inquestionável. Agora, o poder legislativo de nossa cidade, precisa se qualificar, profissionalizar alguns setores para o bom funcionamento da casa, acompanhar a evolução dos tempos para não continuar no atraso, com as velhas práticas de se fazer política. " A rotatividade de ocupantes de cargos nos poderes públicos, além de quebrar á máquina pública, promove um engessamento político  e administrativas no andamento dos trabalhos"!  Na minha opinião, faltou diálogo entre o presidente da Câmara e os profissionais Djalma Júnior e Gustavo Veras para uma permanência mais longa nas suas funções. Uma boa conversa poderia ter evitado o afastamento de ambos, que permaneceram por apenas três meses nas respectivas funções de Assessor de Imprensa e Chefia de Gabinete da Presidência. "Boa sorte aos dois em futuras tarefas"!
Adelson Veras - Presidente do PGTdoB - PE

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