quarta-feira, 24 de abril de 2013

“Todos nós sabemos que um indivíduo é constituído suficientemente para pagar por suas falcatruas” Texto de: Thomé de Sá Barreto


Prezados amigos,
A democracia existe como instrumento a viabilizar a participação popular. Todavia, sem informação a participação fica afastada do seu conteúdo crítico, transformando-se em mera ação automática de cidadãos que, desinformados, manifestam-se cegamente nas urnas, legitimando artificialmente aqueles que são “escolhidos” pela vontade viciada das massas, quase sempre construída ou manobrada por interesses diversos e nocivos ao bem comum. Em síntese, sem informação não há participação que possa ser considerada como tal, sem participação não há real democracia, sem democracia perdemos o status de cidadãos e nos tornamos dependente do poder constituído.
Nem a Administração pode permanecer inerte, como se não existissem leis que impusessem a ela o dever de divulgar de modo claro, completo e compreensível todos os atos que pratica, nem a sociedade pode aguardar, passivamente, que os dados sejam divulgados de acordo com o interesse administrativo, que, infelizmente, nem sempre vai ao encontro do interesse do povo da nossa querida terra. Para o sistema funcionar, ambos os lados devem igualmente estar envolvidos das suas responsabilidades.
Todos nós sabemos que um indivíduo é constituído suficientemente para pagar por suas falcatruas. Por isso, não concordo que haja julgamento geral. É preciso que saibamos separar o bom do ruim, o honesto do corrupto, o bom-caráter do mau-caráter, o dissimulado do verdadeiro, isso se chama: Ética e moral elementos que são para poucos. Todos têm consciência do que é certo ou errado e devem carregar sozinhos os fardos de terem sido desleais, incorretos e vulgares, sem manchar a imagem daqueles que passaram por nossa terra ou os que ainda lutam por ela, por vias do destino, constituem e apresentam na sua totalidade, uma conduta legal, leal e de amor a esse povo tão sofrido de Jaboatão.       
Assim, podemos concluir que o ativo mais valioso de uma organização, seja ela pública ou privada, é o seu potencial humano. E todos os resultados devem ser direcionados ao público, caso que não é realidade na nossa terra.
Faz-se necessário, portanto, que em especifico, ao falarmos do nosso Moscouzinho (nome que Jaboatão ficou conhecido por volta da década de 40, quando elegeu o primeiro prefeito comunista do Brasil, Manuel Calheiros, da aliança PSD/PCB), estabeleça práticas de gestão inovadoras que impulsionem o alcance de resultados a população, que é quem contribui e sofre, com altas cargas de tributos que, por sua vez, precisa ser revertida em benefício para o povo de Jaboatão, através dos resultados que são deveres da máquina administrativa municipal.
Enfim, finalizo e sugiro a passagem de LONGO, na Revista do CONSAD (2008; p.5) "existe ainda, a necessidade prioritária da profissionalização do serviço público visando combater a “administração patrimonial” e o nepotismo. Dessa forma, mérito e flexibilidade seriam chaves do desenho institucional dos sistemas de recursos humanos das instituições públicas. As finalidades de um sistema meritocrático (baseada em mérito) seriam segurança jurídica, imparcialidade, independência e proteção contra corrupção.” 
É TEMPO DE AMAR JABOATÃO. 
Texto: Thomé de Sá Barreto
Família tradicional de Jaboatão e amante dessa terra.

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