Neste dia, 21 de maio sentimos o cheiro do
capim verde dos canaviais do meu Jaboatão dos Guararapes, da cana de açúcar que
chupavamos quando adentrávamos nos canaviais, tendo nas mãos uma faca afiada
para sentir depois de descascar a cana o caldo que escoria e que saboreávamos com
amigos de infância. Na década de 70 estudávamos no Centro de Formação
Profissional do Jaboatão, hoje a Escola Técnica. Vivi numa cidade onde os rios
hoje poluídos eram a diversão dos que não tinham condições de se banhar nas
poucas piscinas que havia na cidade. Os açudes eram famosos pelas grandes
quantidades de águas que represavam e que faziam deste um banho especial. Nunca
tivemos tantos campos de futebol para a pratica do esporte, era um campo em engenho
Velho, 7 campos na prainha, hoje Malvinas, um campo em bulhões, campo do
Locomoção e o Campo do Estádio Jefferson de Freitas, além das quadras do SESI,
dos colégios estaduais e do SENAC. Pois é, este era o nosso Jaboatão. Saudades.
Ver todos os campos destruídos e a Prefeitura
inerte e sem reação aos acontecimentos.
Ver os rios poluídos por incapacidade do
agente Público de cuidar do meio
ambiente.
Ver a destruição do Jaboatão Centro que hoje
perde o seu glamour de cidade que tinha o trem a vapor. E ver o Povo calado e
sem reação. O silêncio doí quando há injustiça.
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Um 2012 repleto de realizações