Na minha primeira viagem à Europa, no dia 20 de maio de 2013, fiquei
muito feliz em está realizando um sonho de adolescente. Logo percebi que estava
em um local cosmopolita. O aeroporto de Lisboa é muito importante para o
turismo e para economia local porque realiza todas as conexões com os países europeus
e asiáticos. Por isso, várias pessoas de culturas e línguas diferentes circulam
nesse ambiente, mesmo de forma transitória e apressadas.
Nesse cenário de encontro e desencontros me deparei com uma cena muito
inusitada que me deixou, inicialmente surpreso e depois feliz. Quando estava
esperando meu voo para embarcar para a cidade de Faro, muito entediado por
sinal, vi uma imagem muito interessante. Em um dos vários corredores que ligam
os portões de embarque, uma mulher negra caminhava apressadamente com sua
filhinha em direção ao seu destino. A criança deveria ter uns 2 anos de idade e
estava trajando um vestido brando de malha muito bonito. Devido à pressa, sua
mãe acelerou o passo com receio de perde seu voo, nesse momento, a criança
deixa escapar de seus pés angelicais um dos sapatos, porém nem a menininha, nem
sua mãe perceberam o fato. Em uma das cadeiras do corredor, estava sentada de
forma muito elegante e singela uma mulher que datava seus 60 anos de idade. Uma
senhora de pele branquinha como o vestido da criança, os cabelos loiros como os
raios de sol que iluminaram essa doce cena. A mulher percebeu o que tinha
havido, de prontidão e sem hesitar, se levantou de sua confortável cadeira e em
seguida buscou o sapatinho da criança que havia ficado para trás.
Nesse momento, ao se dirigir com gestos e palavras, na ânsia de avisar
sobre o fato, a criança corre em sua direção como estivesse encontrado o melhor
e mais seguro abrigo do mundo. Dar-lhe um abraço e abre o sorriso mais lindo e
meigo que já na vida. A senhora branca de cabelos loiros da cor do sol,
contagiada com o sorriso da criança negra, também sorrir alegremente ao abraçar
aquele pedacinho de céu. A criança fica em seus braços por alguns instantes até
sua mãe pegá-la e agradecer pelo sapatinho devolvido.
São esses momentos que me faz acreditar em temos melhores. Cenas
maravilhosas como essas nos fazem percebemos que o ser humano é capaz de atos
grandiosos. Cenas que demonstram cuidado, carinho e respeito pelo seu
semelhante/diferente. Apesar de peles de cor diferentes, apesar de idades e
cultural contraditória, apesar de todos os multiculturalismos; eu acredito que
essa diversidade cultual é a unidade perfeita dos opostos, dos contrários. É
isso que nos faz raça humana. Seres capazes de criar e recriar seu próprio
destino. Homens e mulheres de aspectos diferentes que se doam entre si para
construir uma sociedade mais igualitária e justa, dentro do respeito e da
dignidade que cada um merece e necessita. Isso se chama humanidade.
THIAGO JERÔNIMO P. DOS SANTOS
Aluno do Mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela UFRPE
Professor de Sociologia do Estado de Pernambuco desde 2010
Bacharel e licenciado em Ciência Sociais (ênfase em sociologia rural) UFRPE
Especialista em Gestão Pública pela UFRPE
Bacharel e licenciado em Ciência Sociais (ênfase em sociologia rural) UFRPE
Especialista em Gestão Pública pela UFRPE
Parabéns Professor Thiago Jerônimo orgulho da nossa terra Cavaleiro de deseja boa sorte nesta caminhanda, aonde foste levar e adquerir conhecimentos,sei da sua luta para alcançar seus objetivos,volte logo e nos traga boas novas,principalmente no setor publico,um abraço Fernando Damiao seu aluno.
ResponderExcluirMeu orgulho é ter você como amigo e irmão. Irmão, esse que Deus, na sua sabedoria não me presenteou. Porém, me deu você como irmão espiritual e de pensamento. Estou orando ao senhor para ELE te guarda nos momentos de turbulência e te recompensar com muitas graças e sabedoria nos dias de felicidade.
ResponderExcluirUm grande abraço de seu amigo!
Estudar faz o ser humano transcender o mundo medíocre da realidade social. Educar um ser humano não é simplesmente ensinar a ordem e o ofício. Educar é fazer esse ser respeitar o próximo na sua magnitude para depois usufruir a real liberdade de ser. Você é um exemplo vivo de tudo isso. Parabéns pela publicação!
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