Platão foi um filósofo do século IV
a.c, viveu no período clássico da História da Grécia Antiga. Suas obras
são emblemáticas e nos ensinam como ver o mundo de forma diferente e a
interpretá-lo conforme os valores humanos. Dentre sua vasta literatura,
encontramos uma que se chama: “O mito da Caverna”. Essa alegoria escrita por
Platão representa bem o que estou sentindo nesse momento. Por isso, faço
questão de relatar essa passagem aos nobres leitores de desse blog.
O mito ou “Alegoria” da caverna é uma
das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte
do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento,
linguagem e educação na formação do Estado ideal.
A narrativa expressa dramaticamente à
imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de
uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma
fogueira.
Imaginemos agora que um destes
prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna.
Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres
reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira
julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando
afastado da verdadeira realidade.
Mas imaginemos ainda que esse mesmo
prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol
ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova
realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna.
Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres
como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte
da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência
(os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
Maravilhado com esse novo mundo e com
o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro
lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá
levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam
envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No
entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade
que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco
e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.
Portanto, este modo de contar as
coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas
tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos
acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos,
mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo
ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os
conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas,
(pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos
dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da
caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber.
A descida (a volta a caverna) é a vontade ou a obrigação moral que o homem
esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e
do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria.
Esses são os meus sentimentos em
relação ao meu lugar, a minha terra. Quero que os meus irmãos sejam ofuscados
por essa luz. Acredito que minha cidade, um dia, será inundada por raios de
luzes incandescentes e que a verdade, no fim, prevalecerá. Não há grandes
vitórias sem grandes batalhas, no final de tudo isso, os verdadeiros
guerreiros, aqueles que lutaram contras os titãs e os reis da maldade, receberão
os louros da vitória e encontrarão, em fim, o nirvana. Porque a liberdade é a
pátria dos homens. E por isso, todos os algozes da liberdade devem ser
extirpados e esquecidos para que os homens possam gozar da verdadeira liberdade
de um Estado livre.
THIAGO JERÔNIMO P. DOS SANTOS - Aluno do Mestrado em Extensão Rural e
Desenvolvimento Local pela UFRPE, Professor de Sociologia do Estado de
Pernambuco desde 2010, Bacharel e licenciado em Ciência Sociais (ênfase em
sociologia rural) UFRPE, Especialista em Gestão Pública pela UFRPE
Sendo assim o poder publico local tenta nos acorrentar, com suas fas filosofias que tudo esta bem,mas temos o sol da nova esperança ao nosso favor,e surge homens livres lutando pelo bem comum, o povo de Cavaleiro....
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