Durante
audiência pública sobre “Alternativas de Mobilidade para a Região Metropolitana
do Recife”, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (23), a Comissão de
Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco anunciou que irá
apresentar, em 30 dias, o Pacto da Mobilidade ao Governo do Estado e ao
Municipal. Segundo o deputado estadual e presidente da Comissão, Silvio
Costa Filho (PTB), os órgãos que participaram da reunião irão formular
sugestões com diagnósticos da sociedade civil organizada e, por meio da
Comissão, encaminhar as propostas aos gestores. A OAB, o Ministério Público de
Pernambuco (MPPE), o Clube de Engenharia, o Metrorec/CBTU e o CREA participaram
do encontro que reuniu mais de 100 pessoas.
“Esse
pacto será construído com entidades que representam a sociedade para que os
gestores possam priorizar ainda mais esse assunto como política pública de
qualquer governo”, reforçou Costa Filho. Já para o também deputado estadual
Ricardo Costa (PTC) “o pacto, como todos os aspectos, tem por objetivo
trabalhar a convergência e apresentar as entidades competentes estudos que
contribuam para os projetos sobre mobilidade”.
De
acordo com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de
Pernambuco (Crea-PE) José Mário Cavalcanti, esta iniciativa é bastante
relevante, pois atende os anseios e às necessidades dos cidadãos. “Esse reforço
dado pelo parlamento só vem reforçar a argumentação para melhorar as propostas
que envolvem o sistema de transporte do Recife”. Para o presidente da Comissão
de Mobilidade Urbana da OAB-PE, Silvio Baptista Filho, essa sugestão é acatada
pela Ordem dos Advogados. “Temos interesse em participar porque defendemos a
plena cidadania”.
O
presidente do Clube de Engenharia de Pernambuco, Alexandre Santos, disse que a
iniciativa “é essencial para que o Governo do Estado se livre das amarras que
conduzem alguns projetos”.
Na
ocasião, foi apresentado também propostas de mobilidade pela Câmara dos
Ferroviários do Clube de Engenharia. “Entendemos que cada via tem a sua
importância e como a gente não tem estudo domiciliar fica difícil dizer qual
modalidade deve ser implantada em cada via. Agora, no trecho da Avenida
Agamenon Magalhães até o munícipio de Igarassu o modal mais adequado é o
metrô”, contou o coordenador da Câmara, André Lopes. De acordo com o estudo,
essa alternativa é mais viável em relação a que está sendo construída
atualmente, a BRT (Bus Rapid Transit). Na comparação, o ônibus já integrado na
BRT tem capacidade para 110 mil passageiros/dia, enquanto o metrô dispõe de 800
mil passageiros/dia. Em compensação, a BRT necessita de 13 a 24 meses para
implantação. Já o metrô é necessário 60 meses para o uso.
Segundo
Lopes, essa alternativa trata-se da melhor opção para o eixo de transporte
Agamenon Magalhães/PE15/Igarassu. “O monotrilho é a modalidade capaz de ser
instalada nas avenidas com menos espaço disponível e de vocação turística com
capacidade de transporte semelhante a do metrô. Sendo assim, é preciso que seja
estudada uma forma de incentivar o uso do transporte coletivo”, concluiu.
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Um 2012 repleto de realizações