segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Audiência pública cria Pacto da Mobilidade

Durante audiência pública sobre “Alternativas de Mobilidade para a Região Metropolitana do Recife”, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (23), a Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco anunciou que irá apresentar, em 30 dias, o Pacto da Mobilidade ao Governo do Estado e ao Municipal.  Segundo o deputado estadual e presidente da Comissão, Silvio Costa Filho (PTB), os órgãos que participaram da reunião irão formular sugestões com diagnósticos da sociedade civil organizada e, por meio da Comissão, encaminhar as propostas aos gestores. A OAB, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o Clube de Engenharia, o Metrorec/CBTU e o CREA participaram do encontro que reuniu mais de 100 pessoas.
“Esse pacto será construído com entidades que representam a sociedade para que os gestores possam priorizar ainda mais esse assunto como política pública de qualquer governo”, reforçou Costa Filho. Já para o também deputado estadual Ricardo Costa (PTC) “o pacto, como todos os aspectos, tem por objetivo trabalhar a convergência e apresentar as entidades competentes estudos que contribuam para os projetos sobre mobilidade”.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) José Mário Cavalcanti, esta iniciativa é bastante relevante, pois atende os anseios e às necessidades dos cidadãos. “Esse reforço dado pelo parlamento só vem reforçar a argumentação para melhorar as propostas que envolvem o sistema de transporte do Recife”.  Para o presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da OAB-PE, Silvio Baptista Filho, essa sugestão é acatada pela Ordem dos Advogados. “Temos interesse em participar porque defendemos a plena cidadania”.
O presidente do Clube de Engenharia de Pernambuco, Alexandre Santos, disse que a iniciativa “é essencial para que o Governo do Estado se livre das amarras que conduzem alguns projetos”.
Na ocasião, foi apresentado também propostas de mobilidade pela Câmara dos Ferroviários do Clube de Engenharia. “Entendemos que cada via tem a sua importância e como a gente não tem estudo domiciliar fica difícil dizer qual modalidade deve ser implantada em cada via. Agora, no trecho da Avenida Agamenon Magalhães até o munícipio de Igarassu o modal mais adequado é o metrô”, contou o coordenador da Câmara, André Lopes. De acordo com o estudo, essa alternativa é mais viável em relação a que está sendo construída atualmente, a BRT (Bus Rapid Transit). Na comparação, o ônibus já integrado na BRT tem capacidade para 110 mil passageiros/dia, enquanto o metrô dispõe de 800 mil passageiros/dia. Em compensação, a BRT necessita de 13 a 24 meses para implantação. Já o metrô é necessário 60 meses para o uso.

Segundo Lopes, essa alternativa trata-se da melhor opção para o eixo de transporte Agamenon Magalhães/PE15/Igarassu. “O monotrilho é a modalidade capaz de ser instalada nas avenidas com menos espaço disponível e de vocação turística com capacidade de transporte semelhante a do metrô. Sendo assim, é preciso que seja estudada uma forma de incentivar o uso do transporte coletivo”, concluiu. 

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