Elias Gomes defende participação popular e quebra com a antiga política em congresso sobre Cidades Inteligentes

“Uma cidade inteligente vai além da técnica. Ela precisa ser concebida com a participação da população, que deve deixar de ser observadora e se tornar protagonista na construção da cidade”. Com essas palavras, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, apresentou suas ideias no Congresso Cidades Inteligentes, que está sendo realizado nessas quarta (09/10) e quinta (10/10), em São Paulo. O gestor apresentou a experiência exitosa de Jaboatão na construção de uma cidade mais moderna usando a população como protagonista no processo.

Em sua fala durante o painel sobre Infraestrutura, Planejamento e Inteligência Humana, Elias Gomes, apresentou o trabalho que vem realizando no município e que têm garantido grandes resultados. “Uma cidade para crescer de forma inteligente precisa sair das práticas antigas, da antiga política, do pragmatismo. Se não romper com essas áreas não será possível atingir os objetivos. É preciso haver uma quebra de cultura, já que o hábito é o cidadão ser expectador, e melhorar a governabilidade, tomando as medidas necessárias para isso. Em Jaboatão, estamos colocando a população em seu papel de protagonista, que tem direitos, mas que também tem deveres”, disse.

“Não adianta aplicarmos a técnica sem que seja levado em consideração que o cidadão precisa participar de todo o processo, como um 'cidadão crítico-colaborativo'. Na onda de movimentos que tomou o Brasil tivemos a oportunidade de fazer uma consulta popular que nos resultou na ampliação de nosso planejamento estratégico, com a opinião das pessoas. Além disso, é preciso ter criatividade. Conseguimos, com uma engenharia criativa, solucionar o problema do avanço do mar e em 18 meses teremos nossos morros, que são um problema, em lugares seguros e prontos para o desenvolvimento”, ressaltou Elias Gomes.

Gomes ainda reforçou que o município está se preparando para solucionar problemas grandes, como o do saneamento. “Logo no início da gestão já fizemos um mapeamento das áreas que precisavam de saneamento e de abastecimento. Isso ajudou a Compesa a trazer uma solução inteligente que foi a Parceria Público Privada (PPP), que vai destinar mais de R$ 85 milhões para essa área e vai tirar o município do ranking dos 100 piores, com 5% de área saneada. Serão 40% de cobertura até o final do mandato e 100% em 10 anos”, finalizou.