Os condomínios fechados da Alphaville
são caracterizados pela privatização das ruas e equipamentos internos do
loteamento, muros que se isolam do resto da cidade, segurança privada, acesso proibido
de pessoas “estranhas”, além de gerar a segregação sócio-espacial da população.
Os condomínios horizontais fechados ferem a legislação urbanística da Lei dos
Loteamentos (Lei 6766/79), onde a utilização privada de áreas públicas desse
loteamento torna-se inconstitucional, por violar o princípio da isonomia e do
direito de ir e vir das pessoas. Mas como a municipalidade possui plenos
poderes sobre a legislação do uso e ocupação do solo, o prefeito
arbitrariamente escolheu produzir uma cidade desigual e segregada.
Essa aberração urbana se localizará às
margens da BR-232, completamente segregada da malha urbana existente da cidade.
Esse crime urbanístico em Jaboatão ocupará uma área de 888 mil metros quadrados,
que formará uma muralha urbana que mais se assemelhará a um burgo medieval.
Alem dos efeitos necrófilos sobre a já fragmentada malha urbana da cidade, esse
empreendimento se dará a poucos metros da Barragem de Duas Unas que, através da
COMPESA, abastece parte da Região Metropolitana.
Com lotes custando R$170 mil, os
condomínios fechados constituem uma solução individual, “escapista” e elitista
para enfrentar o problema da segurança. Se isolar em “ilhas” não constitui a
melhor saída para o problema da violência urbana.
O que nos espanta diante de tudo isso
é ver como os agentes do setor econômico conseguem, tão rapidamente, “sensibilizar”
os governantes a contribuírem com seus empreendimentos milionários. A ponte do
Paiva e o ramal de Pirapama para a Alphaville provam o quanto as comunidades,
que historicamente clamavam por essas demandas, são ignoradas pelo poder
público. Com o apoio irrestrito do prefeito, essa aberração urbana será, em
Jaboatão, mais um estudo de caso do que NÃO SE DEVE FAZER em matéria de
planejamento urbano. Com isso, a gestão
tucana mostra para que veio: por em prática o projeto neoliberal do PSDB em
Jaboatão.
Nós, do PSOL, defendemos a construção
de uma cidade socialmente justa, economicamente viável, culturalmente diversa,
politicamente democrática e ambientalmente sustentável. Para isso, estamos
convictos que, uma vez implementado o Estatuto da Cidade, será um instrumento
capaz de realizar a Reforma Urbana que tanto precisamos.
César Ramos – Pré-candidato do PSOL ao
Governo Municipal
Esse Alphaville mostra que o espaço público está sendo privatizado e que não há prioridade pela habitação popular em nosso município.
ResponderExcluirSeria muito bom se o mundo fosse esse conto de fadas que muitos políticos se propõem a implementar.
ResponderExcluirA questão não é conto de fadas seu Ricardo Lima, é ser honesto coisa que está difícil aqui em Jaboatão. Ainda existem pessoas que acreditam num mundo melhor onde as pessoas se respeitam e se você não acredita nisso infelizmente não posso obrigá-lo a nada.
ResponderExcluirO estatuto das cidades é um grande instrumento na reorganização de nossa cidade. A agenda 21 também ajudará num melhor ordenamento urbano. Infelizmente Jaboatão não discute essas questões que são tão urgentes em nosso município.
ResponderExcluirO que se discute é de que forma vai se levar vantagem com grande investimentos como esse alphaville.
Hipocresia, pura hipocresia.
ResponderExcluirESSE PSO E DJALMA SAO HIPOCRITAS PENSA QUE VAI CONSERTA O MUNDO COM MEIA DUZIA DE MILITONTOS LUNATICOS QUE SO SABEM FAZER CRITICAS AS PESSOAS E QUEREM QUE JABOATAO CONTINUE RODEADO DE CANA DE AÇUCAR E FAVELAS E O PROGRESSO CHEGANDO EM JABOATAO VIVA ELIAS GOMES E O GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS
ResponderExcluirIsso é uma visão extremamente atrasada de uma pessoa que com certeza não deve ter informação ou escolaridade. Florestas, mata nativa não pode ser colocado com inimigo do desenvovimento. Esse discurso não cola mais. Está fora de moda e já existe uma palavra chamada "desenvolvimento sustentável" que derruba essa tese desse rapaz que só sabe ir no fim do mês pegar seu honesto salário que ele recebe do governo Elias Gomes.
ResponderExcluirPAULO TORCHIA
ResponderExcluirPAULO TORCHIA
PAULO TORCHIA
ESSE É O NOME
Sr. Djalma, acredito que tenha uma visão errada de minha pessoa. Você, que acha que é o dono da verdade e que, por ter um curso tecnólogo na área ambiental e uma pós em uma faculdade privada é detentor dos argumentos resolutivos. Caso o seu comentário tenha sido direcionado a minha pessoa, gostaria de esclarecer-lhe algo: não sou esse anônimo que retrucou sua resposta. Não comento como anônimo. Pelo contrário, compartilho com você essa ideologia de desenvolvimento sustentável. Sou biólogo formado pela UFRPE. Atualmente sou graduando em Administração Pública. Minha esposa é técnica da CPRH e também é bióloga. Sou servidor público concursado de uma prefeitura da RMR e conheço bem o serviço público. Não comento teorias, mas a prática. Apesar de ser a favor da defesa do meio ambiente, não sou hipócrita.
ResponderExcluirNão sou hipócrita e se você é biólogo pela UFRPE eu sou Químico pela UFPE. Acho que isso não vem ao caso. Infelizmente a CPRH tem sido um espaço para Eduardo fazer o que quer em termos ambientais aqui em Pernambuco. Um lugar o licenciamento são aprovados a toque de caixa.
ResponderExcluirMas vender o que é público é bem caracteristico do PSDB
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