quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Alphaville Jaboatão: uma aberração urbanística

Os condomínios fechados da Alphaville são caracterizados pela privatização das ruas e equipamentos internos do loteamento, muros que se isolam do resto da cidade, segurança privada, acesso proibido de pessoas “estranhas”, além de gerar a segregação sócio-espacial da população. Os condomínios horizontais fechados ferem a legislação urbanística da Lei dos Loteamentos (Lei 6766/79), onde a utilização privada de áreas públicas desse loteamento torna-se inconstitucional, por violar o princípio da isonomia e do direito de ir e vir das pessoas. Mas como a municipalidade possui plenos poderes sobre a legislação do uso e ocupação do solo, o prefeito arbitrariamente escolheu produzir uma cidade desigual e segregada.
Essa aberração urbana se localizará às margens da BR-232, completamente segregada da malha urbana existente da cidade. Esse crime urbanístico em Jaboatão ocupará uma área de 888 mil metros quadrados, que formará uma muralha urbana que mais se assemelhará a um burgo medieval. Alem dos efeitos necrófilos sobre a já fragmentada malha urbana da cidade, esse empreendimento se dará a poucos metros da Barragem de Duas Unas que, através da COMPESA, abastece parte da Região Metropolitana.
Com lotes custando R$170 mil, os condomínios fechados constituem uma solução individual, “escapista” e elitista para enfrentar o problema da segurança. Se isolar em “ilhas” não constitui a melhor saída para o problema da violência urbana.
O que nos espanta diante de tudo isso é ver como os agentes do setor econômico conseguem, tão rapidamente, “sensibilizar” os governantes a contribuírem com seus empreendimentos milionários. A ponte do Paiva e o ramal de Pirapama para a Alphaville provam o quanto as comunidades, que historicamente clamavam por essas demandas, são ignoradas pelo poder público. Com o apoio irrestrito do prefeito, essa aberração urbana será, em Jaboatão, mais um estudo de caso do que NÃO SE DEVE FAZER em matéria de planejamento urbano.  Com isso, a gestão tucana mostra para que veio: por em prática o projeto neoliberal do PSDB em Jaboatão.
Nós, do PSOL, defendemos a construção de uma cidade socialmente justa, economicamente viável, culturalmente diversa, politicamente democrática e ambientalmente sustentável. Para isso, estamos convictos que, uma vez implementado o Estatuto da Cidade, será um instrumento capaz de realizar a Reforma Urbana que tanto precisamos.

César Ramos – Pré-candidato do PSOL ao Governo Municipal

11 comentários:

  1. Esse Alphaville mostra que o espaço público está sendo privatizado e que não há prioridade pela habitação popular em nosso município.

    ResponderExcluir
  2. Seria muito bom se o mundo fosse esse conto de fadas que muitos políticos se propõem a implementar.

    ResponderExcluir
  3. A questão não é conto de fadas seu Ricardo Lima, é ser honesto coisa que está difícil aqui em Jaboatão. Ainda existem pessoas que acreditam num mundo melhor onde as pessoas se respeitam e se você não acredita nisso infelizmente não posso obrigá-lo a nada.

    ResponderExcluir
  4. O estatuto das cidades é um grande instrumento na reorganização de nossa cidade. A agenda 21 também ajudará num melhor ordenamento urbano. Infelizmente Jaboatão não discute essas questões que são tão urgentes em nosso município.
    O que se discute é de que forma vai se levar vantagem com grande investimentos como esse alphaville.

    ResponderExcluir
  5. ESSE PSO E DJALMA SAO HIPOCRITAS PENSA QUE VAI CONSERTA O MUNDO COM MEIA DUZIA DE MILITONTOS LUNATICOS QUE SO SABEM FAZER CRITICAS AS PESSOAS E QUEREM QUE JABOATAO CONTINUE RODEADO DE CANA DE AÇUCAR E FAVELAS E O PROGRESSO CHEGANDO EM JABOATAO VIVA ELIAS GOMES E O GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS

    ResponderExcluir
  6. Isso é uma visão extremamente atrasada de uma pessoa que com certeza não deve ter informação ou escolaridade. Florestas, mata nativa não pode ser colocado com inimigo do desenvovimento. Esse discurso não cola mais. Está fora de moda e já existe uma palavra chamada "desenvolvimento sustentável" que derruba essa tese desse rapaz que só sabe ir no fim do mês pegar seu honesto salário que ele recebe do governo Elias Gomes.

    ResponderExcluir
  7. PAULO TORCHIA

    PAULO TORCHIA

    PAULO TORCHIA

    ESSE É O NOME

    ResponderExcluir
  8. Sr. Djalma, acredito que tenha uma visão errada de minha pessoa. Você, que acha que é o dono da verdade e que, por ter um curso tecnólogo na área ambiental e uma pós em uma faculdade privada é detentor dos argumentos resolutivos. Caso o seu comentário tenha sido direcionado a minha pessoa, gostaria de esclarecer-lhe algo: não sou esse anônimo que retrucou sua resposta. Não comento como anônimo. Pelo contrário, compartilho com você essa ideologia de desenvolvimento sustentável. Sou biólogo formado pela UFRPE. Atualmente sou graduando em Administração Pública. Minha esposa é técnica da CPRH e também é bióloga. Sou servidor público concursado de uma prefeitura da RMR e conheço bem o serviço público. Não comento teorias, mas a prática. Apesar de ser a favor da defesa do meio ambiente, não sou hipócrita.

    ResponderExcluir
  9. Não sou hipócrita e se você é biólogo pela UFRPE eu sou Químico pela UFPE. Acho que isso não vem ao caso. Infelizmente a CPRH tem sido um espaço para Eduardo fazer o que quer em termos ambientais aqui em Pernambuco. Um lugar o licenciamento são aprovados a toque de caixa.

    ResponderExcluir
  10. Mas vender o que é público é bem caracteristico do PSDB

    ResponderExcluir

Um 2012 repleto de realizações