
Uma leitura superficial desse programa
pode até nos levar a vê-lo com traços de solidariedade e participação popular
mas, na prática, o programa “Comunidade que Faz” é caracterizado pela
discriminação da população pobre, que é tratada como cidadãos de segunda classe
portadora de direitos pela metade.
Ao verificarmos as áreas da cidade que
receberam esse projeto, percebemos que se trata de um programa exclusivo às
comunidades pobres. Diante dessa constatação, resta-nos perguntar: Por que
justamente as comunidades mais empobrecidas da cidade? Por que os mais pobres
são obrigados a pagar para ter acesso aos bens públicos que lhes são de direito?
Quem disse que ser pobre é sinônimo de viver desocupado para trabalhar de graça
para a gestão? Por que esse programa não é estendido aos bairros da classe
média da cidade? Ao ser indagado sobre essas questões, um CC da gestão tucana
foi taxativo e respondeu: “É que vocês (pobres) não pagam IPTU, por isso a
prefeitura não pode dar tudo.” Falas como essa revelam quão discriminatório é
esse programa. Por outro lado, duvido muito que algum cidadão, sabedor de seus
direitos, irá se submeter a esse tipo de exploração e aceitará de bom grado uma
cidadania de segunda classe.
Nós do PSOL, nos opomos incisivamente
a essa política discriminatória e preconceituosa da gestão tucana, que explora
os mais pobres. Nossa crítica não se restringe apenas ao fundo ideológico do
programa, nos opomos também ao modus operandi da escolha de obras públicas na
cidade. Hoje, o critério para se calçar uma rua, construir um muro de arrimo,
ou qualquer outra obra em Jaboatão, está em função do apadrinhamento de um cabo
eleitoral do governo que será em 2012 candidato a vereador. O personalismo
político associado às obras públicas são o prenuncio de uma campanha eleitoral
que será marcada pelo uso descarado da máquina pública para fins pessoais.
O PSOL defende um Orçamento
Participativo para Jaboatão, onde a população possa escolher democraticamente
um pacote de obras para seu bairro. Nada mais justo que a população que paga
seus impostos possa escolher onde irá empregar os recursos públicos. Apenas com
um Orçamento Participativo poderemos acabar com o personalismo e a clientelismo
que hoje impera em Jaboatão.
Parabéns Cesar pelo artigo. Infelizmente a classe mais pobre de nosso município é tratada dessa forma. É dever do município oferecer habitação a toda população, inclusive com mão-de-obra própria pois verba existe em orçamento. As pessoas às vezes não pagam IPTU, não porque não podem mas porque se sentem lesadas ao pagar esse tributo e não ver retorno algum em sua comunidade. As pessoas estão cansadas de fazerem papel de palhaço e verem seu dinheiro ser usurpado pelos gestores públicos.
ResponderExcluirObrigado Djalma, mas não nos esqueçamos que são os pobres os que mais pagam, proporcionalmente, impostos nesse país! Agora o que os funcionários dessa gestão desconhecem é que as Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, são por lei isentas de IPTU. Como chegaram agora em Jaboatão desconhecem esse detalhe!
ResponderExcluirApenas com muita participação popular iremos inaugurar o estado republicano em Jaboatão.
Abraços esperançosos!
César Ramos.
Infelizmente nos últimos 30 anos quase nda foi feito em Jaboatão, quem é contra um programa que só traz beneficios com certeza n conhece a realidade das comunidades mais carentes que nunca tiveram atenção do poder público, o programa é em regime de MUTIRÃO e pelo que sei ninguém é obrigado a participar, trabalha no calçamento da rua quem quer, o que posso afirmar é que nas comunidades que passei e que tiveram a implantação do referido programa a aceitação é grande, e as pessoas estão bastantes empolgadas e felizes.
ResponderExcluirSe o programa é de fato tão bom, então por qual razão ele não é estendido aos bairros da classe mádia da cidade?
ResponderExcluirNa prática, além da associação das obras à cabos eleitorais da gestão, os moradores tem que fazer "cotinha" para pagar mão de obra, já que ser pobre não é sinônimo de viver desocupado,pelo contrário, nós somos os que mais trabalhamos.
Infelizmente, quem nunca experimentou uma cidadania plena é obrigado a se submeter a qualquer tipo de exploração para ter acesso a direitos básicos. A pobreza, como sempre, é uma fonte inesgotável de votos!
César Ramos
Acho que não se deve ludibriar as pessoas com esse tipo de "MUTIRÃO" quando é sabido que se tem verbas para investimento em habitação. Nem todo mundo tem tempo para participar disso. As pessoas são trabalhadoras e querem uma moradia digna fruto de investimentos e políticas públicas. As pessoas se sentem até gratas e felizes porque nunca tiveram nenhum apoio e chega pessoas agindo de má fé usando as pessoas mais necessitadas e deixando de cumprir com suas obrigações constitucionais.
ResponderExcluirNasci e me criei em Jaboatão e tenho moral rapa falar. Quem não conhece o município é o prefeito.
ola,gente fala mal de um programa que so faz o bem a comunidade de jaboatão,voce que fala mal não quer o bem de todos o povo de jaboatão.
ResponderExcluireu apoio as boas acões de que hoje tem feito em jaboatão.