RENÚNCIA DE RODOVALHO‏. “A atitude foi, sem duvida, incoerente com a aparente posição de firmeza que ele tentou transmitir para as pessoas...” Paulo Varejão.

FERNANDO RODOVALHO acaba de renunciar à sua candidatura já indeferida pela Justiça Eleitoral. Primeiro foi Paulo Bartolomeu, que abriu mão da candidatura para tentar ser desembargador, e como não conseguiu, voltou para disputar o cargo de prefeito. Menos mal. Depois foi a vez de João Fernando Coutinho, sendo sua renuncia determinada pelo seu fraco desempenho eleitoral. Em terceiro veio Luiz Carlos Mattos, que renunciou em face do seu nome constar da Lista de Inelegíveis do TCE, e ele nao lograr êxito nas duas tentativas que aforou na Justiça Comum, para suspender a decisão daquela Corte de Contas. Vejam os senhores leitores que todas essas renuncias tiveram motivos diferentes, porém justos para sua apresentação. Mas a renuncia de hoje, de FERNANDO RODOVALHO, nao se sustenta no motivo alegado, de falta de recurso financeiro, muito menos encontra suporte plausivel para ser apresentada. Isto porque, este motivo já existia há muito tempo, e somente agora ha pouco, no final da tarde, quando a justiça eleitoral ja nao podia mais tirar seu nome das urnas e o PRTB ja nao tinha mais tempo para apresentar outro candidato, é que ele renunciou alegando o referido motivo. Da sua atitude nao resultou nenhum efeito útil ou sequer prático, para nenhum candidato do PRTB, tampouco para o partido, mas apenas um grande prejuizo para esses candidatos da sigla e para esta, e para ele próprio, sobretudo para os eleitores que nele votarão no próximo domingo, e seus votos serão anulados. Na verdade esses votos já seriam nulos em virtude do indeferimento da sua candidatura. E agora, mesmo que a candidatura valesse, seriam nulos em consequência da renuncia.

A atitude foi, sem duvida, incoerente com a aparente posição de firmeza que ele tentou transmitir para as pessoas, além de ser politicamente incorreta, bem como egoísta e demonstrou a clara intenção de prender a legenda para si, e nao dar oportunidade ao  PRTB de apresentar outro candidato. Finalmente contribuiu para o prefeito Elias Gomes, a quem ele tanto afrontou neste processo eleitoral. Isto porque, na medida em que um possível segundo turno se desenha e pode se concretizar provocado por pequeno número de votos, os 3.000 votos de Rodovalho, (se a pesquisa que lhe dá um por cento for verdadeira), podem fazer a diferença. Entendo que do gesto de Rodovalho resultaram bastante claras a intenção de trancar o PRTB para si, e impedir a sigla de ter outra opção para prefeito, e também a de inutilizar os possíveis votos que conseguisse nesta eleição de 2012. Isto eu afirmo porque, o bom senso e uma visão estratégica do atual processo politico eleitoral, recomendavam que, diante do impasse juridico ele renunciasse a tempo de fazer uma ampla publicidade dessa renuncia, tornando cientes seus eleitores, que poderiam fazer outra opção, e assim daria oportunidade ao PRTB de apresentar outro candidato, contribuindo, assim, com o projeto político de se levar a eleição para o segundo turno e se derrotar o prefeito atual. Mas Rodovalho fez exatamente o contrario, tomando atitude carente de discernimento político,  contribuindo, com a insistência na sua candidatura natimorta, para tornar mais remoto o segundo turno, e beneficiar o seu algoz e adverso Elias Gomes, além de prejudicar a sua credibilidade pessoal e deixar em maus lençóis os 23 (vinte e três) candidatos a vereador do PRTB. Que este caso sirva para melhorar a intelecção daqueles que se julgam auto suficientes e pensam só por si, sobre a política, seu processo e suas estratégias. Paulo Varejão candidato pelo PMN.