sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A engorda que emagrece. Será que é só em Jaboatão?

Recentemente a TV Globo falou dos dois projetos de recuperação de praias que estão sendo realizados no município do Jaboatão e Paulista. A grande diferença entre os dois projetos é que o de Jaboatão já é uma técnica consagrada e bastante experimentada. Em 02 de setembro de 2011, o Jornal do Commercio – Cidades, publicou a matéria, “Ideias contra o avanço do mar” publicada abaixo para que o nosso leitor conheça melhor o projeto que hoje vem sendo executado em Jaboatão.
“ORLA DO RECIFE
Estudantes de universidade holandesa defendem a engorda da praia como alternativa à erosão costeira em Boa Viagem
Nos dois últimos meses, cinco alunos de mestrado em engenharia costeira da Delft University of Technology (TUDelft), na Holanda, pesquisaram a erosão marinha na Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O resultado dos estudos e as alternativas que eles sugerem para conter o problema serão divulgadas na manhã de hoje, em seminário no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Uma solução indicada pelo grupo é a engorda da praia, com reposição da areia perdida.
Os estudantes da universidade holandesa apresentaram duas alternativas para a erosão costeira em Boa Viagem: apenas a engorda da praia e o aumento da faixa de areia associado à construção de quebra-mares. Depois de analisar cerca de 20 variáveis, decidiram pela primeira opção. O custo da construção do quebra-mar é alto quando comparado com o benefício que traria para a praia, explicam. Todos são formados em engenharia civil.
Eles levaram em conta o tipo de praia, a durabilidade do serviço, a defesa proporcionada pelos quebra-mares, o impacto na paisagem e a segurança para os banhistas com a presença de pedras na praia entre outras variáveis. A análise multicriterial faz a diferença na hora de executar a obra, destaca o oceanólogo Pedro Pereira, professor da UFPE. Proteção da costa, acrescenta o docente, é prioridade na Holanda.
De acordo com o grupo, as pedras colocadas pela prefeitura no trecho de Boa Viagem que sofre com a erosão funcionam perfeitamente para manter a linha de costa e proteger a via pública. Mas não impedem a erosão e não preservam a praia. Como o problema continua existindo, o paredão de pedras (enrocamento) tende a ficar cada vez maior, observam os estudantes.
A equipe formada pelos engenheiros Ali Tarigheh, Baris Kibrit, Rashied Imamboks, Sagar Muugar e Marc Anthony Anys veio ao Recife desenvolver projeto para uma das disciplinas do curso, graças a um convênio entre a UFPE e a TUDelft. O prazo para o trabalho é de dois meses e eles retornam à Holanda na próxima semana. A cidade foi sugerida pelo professor da disciplina.
Depois de visitar o litoral de Jaboatão dos Guararapes, Recife, Olinda e Paulista, municípios com erosão costeira acentuada, decidiram focar a pesquisa em Boa Viagem. O Seminário sobre erosão e proteção costeira: situação atual, erros do passado e soluções para o futuro será realizado das 8h30 às 12h, na Cidade Universitária.
Espigão, quebra-mar e engorda de praia foram apontados pela empresa Coastal Planning & Engineering do Brasil como soluções para a proteção costeira, recuperação da orla e recomposição das praias de Jaboatão, Recife, Olinda e Paulista. O governo contratou a empresa para fazer o estudo e divulgou o trabalho em maio último. São obras caras e que atravessarão gestões.
Ontem, em função das marés altas registradas esta semana, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade disse que contratou o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) para elaborar o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) de obras para contenção do avanço do mar. O documento deve ficar pronto até o fim novembro”.
Nesta mesma reportagem, a TV Globo procurou entender através dos técnicos responsáveis pela obra o porquê da perda de uma grande quantidade de areias, e se isso poderia atrasar ou prejudicar o projeto. A pessoa que falou para reportagem da globo disse que este tipo de situação já era esperado para este tipo projeto, e que ficou surpresa porque foi apenas um ponto que houve está perda, principalmente porque estamos falando de um projeto de uma extensão de 8 Km. Segundo pessoas e técnicos desta área, o Projeto para ter sustentação tem que contemplar a orla do Recife, em caso disso não acontecer, Jaboatão terá sempre problemas de perda da areia num período curto, isso elevaria e muito a manutenção desta contenção que, mesmo sem este tipo de emagrecimento da engorda já teria que ser realizada a cada ciclo.

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