quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Prefeitura do Jaboatão esclarece sobre a matéria “A VERDADE SOBRE AS OBRAS DO CINEMA SAMUEL CAMPELO”

Caro Roberto Santos, 
Segue esclarecimentos sobre o post intitulado: “A VERDADE SOBRE AS OBRAS DO CINEMA SAMUEL CAMPELO”, publicado recentemente no blog. 
A pretensão de verdade vaticinada antes do debate e do contraditório não é amiga da democracia, na qual a verdade não pertence a seres ou indivíduos iluminados, mas apresenta-se como construção coletiva, dialogada e participativa.  Diante disso, vamos aos fatos:
O Cine Teatro Samuel Campelo está passando por um verdadeiro processo de reconstrução, e não simplesmente de reforma ou restauro como em princípio se pode imaginar.
Após apresentação e aprovação do projeto original junto ao Ministério da Cultura, a Prefeitura de Jaboatão iniciou as intervenções no imóvel. A equipe de obras detectou com o andar das atividades que a estrutura original da edificação não atenderia as necessidades de um equipamento moderno, com estrutura metílica suspensa de palco, climatização e sonorização adequadas e acústica condizente com as apresentações e espetáculos que se pretende favorecer no local.
Por esse motivo, o Governo Municipal precisou readequar o projeto para poder realizar intervenções estruturais mais profundas, o que demandava, consequentemente, dilatação de prazos para a conclusão da obra, vez que optou-se por fazer tudo que precisava ser feito para que fosse entregue a população jaboatonense um equipamento moderno e seguro, adequado às novas demandas da sociedade e da cultura. Mais cômodo seria entrega-lo de qualquer maneira, sem as readequações e ajustes que geram maior custo e tempo. Essa, porém, não foi à opção da gestão, que optou pela qualidade, maior funcionalidade e segurança da obra.
Equivoca-se o denunciante quando sentencia que “o motivo da obra do cinema Samuel Campelo passar mais de três anos e não ser concluída até agora está atrelado ao não envio por parte da Prefeitura de Jaboatão dos documentos solicitados pelo Ministério da Cultura...”, vez que as alterações estruturalmente necessárias demandam novos projetos, novos processos licitatórios e, somente por fim, novas justificativas e aditivos ao convênio. O não repasse da segunda parcela do convênio, ao contrário do que se acusa, não tem relação com o atraso ou avanço das obras, já que a Administração Municipal tem obrigação de contrapartida orçamentária nos contratos, e está realizando essa segunda fase do projeto com os recursos próprios já previstos como contrapartida.
De outra banda, os ofícios n° 061/DINC-DAFCONV-SE/MINC  e  n° 400/2013-DINC-DAFCONV-SE, bem como a diligência n° 123/2012 – CCONV/DINC/SE-MINC, já foram devidamente e a contento respondidos ao Ministério da Cultura (MINC), pois a ampliação de prazos está diretamente relacionada as complexidades e peculiaridades da obra, e não a supostos descasos ou irregularidades, como tentam fazer crer alguns.
Como se vê, as obras estão em andamento sob a fiscalização da sociedade, do MINc e do Ministério Público, como bem deve ser nas democracias e nas gestões que não tem o que esconder da população.  Essa lisura e transparência, contudo, demandam o cumprimento de regras jurídicas rígidas que regem os convênios e, principalmente, as licitações para contratação das empresas que executam as obras. O tempo da lei nem sempre é o tempo do anseio social e político. A Prefeitura tem interesse e tem se esforçado diariamente para entregar o Cine-Teatro Samuel Campelo à população com a maior brevidade possível, mas isso não pode ensejar o desrespeito ou descumprimento das normas, afinal, na boa política, os fins não justificam os meios!
De mais a mais, a participação popular, as críticas e sugestões são sempre bem vindas, quando orientadas pelo propósito do bem comum. O desejo de encontrar um culpado, muitas vezes potencializado pelo sentimento de indignação, que é legítimo, precisa ser exercido com os cuidados e ponderações necessárias para não gerar no seio social um sentimento de raiva, separação maniqueísta e denuncismos destrutivos.
O ambiente democrático pós-guerra fria, pelo contrário, orienta-se pelo diálogo, o sentimento de comunidade e a salutar aproximação dos governos com a sociedade civil.
Atenciosamente,
Isaac de Luna Ribeiro
Secretário Executivo de Cultura e Patrimônio

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