Caro Roberto Santos,
Veja o que a atual gestão do Jaboatão
tem feito com o órgão de segurança pública do município. E, enquanto a gestão
sucateia a Guarda Municipal e terceiriza a atividade-fim desta corporação,
escolas, postos de saúde e outros órgãos públicos vêm sendo alvo de
depredações, arrombamentos e furtos. Somente no último final de semana pelo
menos 4 escolas tiveram seu patrimônio pilhado e ou vandalizado. Os diretores
dessas unidades de ensino, desesperados com a situação de descaso com o
patrimônio público, pedem socorro à Guarda Civil Municipal, porém, pela falta
de estrutura e de efetivo, a Guarda Civil Municipal nada pode fazer, pois está
com suas atividades praticamente paralisadas devido a total falta de condições
de trabalho. A população do município precisa saber o que está acontecendo. Se
achar conveniente, publique a matéria abaixo, ficando a seu critério alterar o
texto no que achar necessário.
Desde já agradeço-lhe em nome dos
integrantes da Guarda Civil Municipal do Jaboatão dos Guararapes.
Um forte abraço-azul-marinho.
GUARDA CIVIL MUNICIPAL DO JABOATÃO DOS
GUARARAPES
Os acontecimentos não param de
sobressaltar e melindrar os briosos remanescentes da nossa Guarda Civil
Municipal do Jaboatão dos Guararapes (GCMJG). Senão, vejamos.
Primeiro, deram cabo das horas extras,
que foram sumariamente extintas.
– Mas, como assim, extintas?
– A prestação de serviços
extraordinários não se trata de um direito assegurado na Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/1988)?
Pois é, mas, nas Repúblicas
Independentes do Jaboatão dos Guararapes (RIJG), a Constituição Federal não tem
vez! Tanto que, no lugar das horas extraordinárias puseram um tal de PVJET – o
qual vem causando prejuízos financeiros anuais estratosféricos, que vão desde
R$ 1.700,00 para os guardas municipais, R$ 3.800,00 para os subinspetores, até
R$ 4.700,00 para os inspetores.
Depois, decretaram a extinção do único
meio de defesa dos guardiões do patrimônio municipal, isto é, desarmaram o
efetivo, a despeito do que estabelece o Estatuto da GCMJG (segundo o qual esta
seria uma instituição armada!).
A supressão de direitos continuou
sendo levada a efeito com a revogação da lei que concedia gratuidade no
transporte público municipal ao guarda municipal de serviço.
Posteriormente, descarregou-se privada
abaixo o tempo de serviço dos guardas municipais, por ocasião da aprovação do
Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), transformando a todos,
independente do tempo de serviço prestado, em “novatos”.
Em seguida, viu-se o desmantelamento
prosseguir a todo vapor, com a ordem de despejo do único prédio-sede
pertencente à GCMJG: o Casarão de Santo Amaro – intitulado em lei como Prédio
da Guarda Municipal.
Não satisfeitos, os sectários do
Governante-Mor das RIJG, bravamente auxiliados em todos esses atos deletérios
por garbosos e subservientes componentes da malfadada e agonizante instituição
de segurança, exterminaram o Núcleo de Apoio Social ao Guarda (NASG) e a
barbearia, alegando reestruturação num caso e desnecessidade noutro.
Seguiu-se a isto o sucateamento geral,
com o encerramento definitivo das radiocomunicações (via HT) da instituição e
com o leilão das viaturas a ela pertencentes.
Também foram extintas a Ouvidoria e a
Corregedoria da GCMJG, a fim de inviabilizar de vez o rearmamento da
corporação.
Depois, vimos a extinção de todos os
cargos de comando da cadeia hierárquica da GCMJG (comandante, subcomandante e
inspetor chefe das regionais e do setor administrativo).
Na sequência, a corporação já
moribunda e claudicante teve a sua atividade-fim extirpada e entregue a
empresas de monitoramento eletrônico, a empresas de vigilância armada
(vigilante trabalhar armado? PODE!) e a policiais militares, que assumem cargos
que vão desde superintendentes, gerentes e coordenadores, até os de segurança
particular dos agentes de trânsito, dos fiscais de feira, dos fiscais da
vigilância sanitária, dos funcionários da demolição e (pasmem!) até mesmo dos
guardas municipais, os quais, curiosamente, fazem parte de uma instituição de
segurança cujos profissionais necessitam de outra instituição de segurança (a
Polícia Militar) para poderem exercer suas funções de segurança (é mole?).
Temos visto, também, o esvaziamento
dos Quadros da GCMJG, mediante aposentadorias, mortes, demissões e pedidos de
exoneração, tornando precário e limitado o atendimento às demandas do município
pelos serviços de segurança. Pra piorar, não há previsão de concurso público
para oxigenação do efetivo.
E agora (pra terminar essa quase
elegia), estamos experimentando o absurdo de sermos impedidos de representar
oficialmente nossa corporação semimorta no Congresso de Guardas Civis
Municipais que está sendo realizado na Região Metropolitana do Recife, sob a
alegação de que não se dispõe de efetivo para suprir a ausência dos que desejam
participar do evento.
Ó, meu Deus! O que será de nós?! O que
mais precisa acontecer para que, enfim, despertemos para a realidade e para que
lutemos contra os que laboram e co-laboram para a nossa extinção?
Diante do exposto, só nos resta uma
conclusão: fazemos parte de uma instituição que já está extinta de fato,
faltando apenas a decretação oficial de sua falência através de lei ou decreto
municipal, para que se torne extinta de direito, o que, como toda má notícia,
parece estar vindo a galope (Eu, não duvido. E você?).
Uma última palavra: isso é
lastimável...
GUARDA CIVIL MUNICIPAL DO JABOATÃO DOS
GUARARAPES
Receba meu agradecimento Roberto pelo apoio, ao postar matéria de tamanha relevância. Pois, os leitores do seu blog tomaram conhecimento do que estamos passando a mais de quatro anos!!!!!
ResponderExcluirPois é, companheiro Júlio. Nós dependemos da amizade e da boa vontade de pessoas como o Roberto Santos, da mídia independente, para podermos levar ao conhecimento da população jaboatonense o descaso desse governo para com a pasta de segurança pública.
ExcluirTrabalham desarmados em áreas de risco.
ResponderExcluirO próprio Wilson Damázio já se pronunciou contra o porte de armas pelas guardas de pernambuco e a prefeitura de Jaboatão está cheia de Coronéis pra garantir que isso aconteça e o secretário de ordem pública e segurança cidadã, um tal de elmo não consegue nem olhar nas pessoas quando fala com elas.
A quem essa Guarda vai recorrer????!!!!!