Um dos principais líderes tucanos em
Pernambuco e prefeito da segunda maior cidade do Estado, Jaboatão dos
Guararapes, Elias Gomes faz severa crítica ao PSDB. Segundo ele, o partido
deixou passar a chance de criar o fato político das eleições de 2014, que seria
uma aliança com o PSB do governador Eduardo Campos, agora celebrada entre o
socialista e Marina Silva (Rede Sustentabilidade).
Segundo Elias Gomes, a aliança entre Marina e
Eduardo enfraquece a oposição, fortalece Eduardo Campos e a presidente Dilma Rousseff
e deixa no prejuízo o pré-candidato tucano, o senador mineiro Aécio Neves.
“Para Dilma aconteceu o menos ruim. Ela agora terá apenas dois adversários, e
não três, como se configurava antes e caso Marina tivesse optado por outro
partido, como o PPS”, analisa o prefeito tucano.
Isso, segundo ele, denota completa falta de
articulação e de estratégia da oposição, levada a tomar decisões em cima de
circunstâncias, como foi o caso da filiação de Marina Silva ao PSB.
Crítico em relação ao que chama de ‘falta de
diálogo’ do PSDB, Elias Gomes diz que o partido teve a oportunidade de liderar
a oposição, mas não o fez, em razão de brigas internas, personalismos e falta
da prática de debates.
DIÁLOGO NACIONAL
Elias Gomes lembra que em outubro do ano
passado, logo após as eleições municipais, quando o PSDB conquistou importantes
prefeituras no País em coligação com o PSB, defendeu uma aliança nacional entre
tucanos e socialistas. “Entendia que PSDB e PSB tinham o desafio de construir
uma grande e vigorosa aliança com o novo Brasil”, mas nada foi feito”,
reclamou. Ele próprio foi reeleito com um vice do PSB, o ex-vereador Heraldo
Selva.
Elias Gomes foi além nas críticas ao PSDB,
ressaltando que não tem como entender a razão de o pré-candidato tucano, Aécio
Neves, encontrar-se fora do País no último dia de filiações partidárias, ontem
(sábado 5).
APREENSÃO
"A aliança nova no Brasil seria o PSDB e
o PSB", pregou Elias Gomes em entrevista à Rádio JC/CBN Recife no dia 17
de outubro do ano passado, sem querer opinar sobre quem encabeçaria uma chapa
tucano-socialista.
“Compreendia a necessidade de Eduardo Campos
fortalecer o palanque e também advertia para a necessidade do seu descolamento
do PT. Estamos assistindo tudo isso acontecer, como previa”, diz.
"Todo esse debate que se propunha
buscaria a reinvenção da política brasileira que, como sabemos, gira em torno
de lideranças e personalidades, ao invés de ser movida por um conjunto de
ideias, estratégias e projetos, o que evidentemente
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Um 2012 repleto de realizações